A cirurgia de implante de silicone é o sonho de muitas mulheres — é um grande passo para o resgate da autoestima e da qualidade de vida. No entanto quem fez o procedimento ou pretende fazer precisa ficar atenta e saber reconhecer os sinais da rejeição de silicone, pois, apesar de rara, essa complicação pode acontecer.
A rejeição da prótese ocorre devido a um processo chamado de contratura capsular, que surge quando o organismo reconhece o implante como um corpo estranho e inicia uma reação de defesa. Os sintomas mais comuns são a assimetria de um dos seios, ondulamentos na superfície da prótese, endurecimento da região, dores e inchaço.
Muitas mulheres têm dúvidas sobre esse assunto e ficam inseguras com a possibilidade de rejeitar a prótese. Pensando nisso, neste post mostraremos as principais informações sobre esse tema e como você pode diminuir as chances de rejeição do silicone. Vamos lá?
7 mitos e verdades sobre a rejeição de silicone
Em uma breve pesquisa, é possível encontrar várias informações sobre os implantes de silicone e a possibilidade de rejeição. Mas o que é mito e o que é verdade? Respondemos as dúvidas mais frequentes. Confira!
1. “É impossível haver rejeição do silicone”
Mito. Primeiramente, é preciso esclarecer o significado de “rejeição de silicone”. A prótese não é rejeitada pelo corpo — o que ocorre é um processo inflamatório ao redor do silicone. Esse processo é conhecido como contratura capsular (que é chamado popularmente de “rejeição”).
A contratura capsular, como mencionamos, ocorre quando o organismo da paciente reconhece o implante como um invasor. Como ele não pode expulsá-lo, o corpo desenvolve uma membrana (cicatriz) em volta da prótese, formando uma cápsula que a separa do restante dos tecidos.
Contudo é preciso salientar que essa é uma complicação rara, especialmente com a tecnologia atual, que revolucionou a superfície das próteses. Mesmo assim, é preciso ficar atenta a esse risco, visto que ele não é descartado.
2. “A culpa da rejeição de silicone é do médico”
Mito. A rejeição da prótese não acontece por erro médico. Essa complicação ocorre, como vimos, por uma reação do próprio organismo da pessoa. Por isso, seguir as orientações médicas durante o pós-operatório é fundamental para diminuir as chances de rejeição e garantir um bom resultado.
Dessa forma, evita-se que o mecanismo de defesa do organismo seja estimulado, pois o corpo sofrerá menos com os efeitos da cirurgia.
3. “Há o risco de romper a prótese”
Verdade. A ruptura da prótese é uma possibilidade, porém, para que isso ocorra, seria preciso um trauma muito grande, como um acidente de carro, por exemplo. Os implantes são muito resistentes e elásticos, tendendo a absorver o impacto em vez de romper.
Uma questão a que as mulheres precisam ficar atentas é com relação ao tempo. Conforme os anos vão passando, a prótese fica mais frágil. Por isso, a recomendação é que seja feita a troca a cada dez ou quinze anos.
O rompimento pode causar desconfortos como dor, dormência, formigamentos e até a formação de nódulos e mudança no formato da mama. Nesses casos, a troca do implante deve ser realizada de maneira imediata para evitar problemas mais sérios.
4. “Não é necessário verificar a procedência do silicone”
Mito. Confirmar a qualidade do produto e, principalmente, verificar as referências do fabricante é muito importante. Quanto mais avançados e atuais forem os processos tecnológicos envolvidos na fabricação da prótese, menores são as chances de rejeição de silicone e complicações para a pessoa.
Nesse sentido, é essencial conversar com um cirurgião plástico que possa dar a devida orientação sobre o melhor formato do implante, tipos de próteses e qualidade de cada marca.
5. “As cirurgias para colocação de silicone estão sempre sendo aprimoradas”
Verdade. As técnicas cirúrgicas para colocação do silicone estão sempre sendo aperfeiçoadas e os problemas no pós-operatório tornaram-se cada vez mais raros. Além disso, com a evolução dos materiais das próteses, diminuiu-se também o índice de complicações com os implantes.
No passado, os casos de rejeição de silicone eram altos, pois as próteses usadas eram de superfície lisa, o que facilitava a contratura capsular. Hoje em dia, com os avanços da medicina tecnológica, são usadas próteses texturizadas, que tem uma superfície rugosa, o que facilita a cicatrização e a aderência dos tecidos, diminuindo as chances de rejeição.
6. “Qualquer profissional da medicina é habilitado para realizar a cirurgia de implante de silicone”
Mito. A mamoplastia de aumento só pode ser realizada por um cirurgião plástico que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. De forma alguma você deve se submeter a um procedimento dessa magnitude com um médico de outra especialidade.
Apenas um cirurgião plástico é habilitado para fazer a harmonização dos implantes, além de conhecer as técnicas adequadas para garantir que o procedimento seja feito com segurança.
7. “O tratamento para resolver a rejeição do silicone pode ser simples”
Verdade. No pós-operatório é primordial seguir as recomendações médicas para evitar qualquer problema com as próteses. O processo de rejeição de silicone, não necessariamente significa algo grave. Na grande maioria das vezes o tratamento é feito sem complicação.
Em casos mais simples, o médico pode prescrever medicamentos à base de corticoides ou apenas recomendar massagens para minimizar o desconforto. Entretanto, quando o processo de contratura capsular é mais severo, especialmente quando a mulher sente os sintomas de rejeição, pode ser necessário a troca do implante.
Cuidados para diminuir as chances de rejeição de silicone
O primeiro passo para diminuir as chances de rejeição do silicone é escolher um bom cirurgião plástico, pois ele jamais trabalhará com próteses que não sejam aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e que possam oferecer riscos à saúde dos seus pacientes.
Além disso, escolher bem a marca da prótese de silicone é fundamental para evitar a contratura capsular. Atualmente, a redução dos índices de rejeição está diretamente associada aos implantes com superfícies texturizadas ou de poliuretano. Por isso, é muito importante escolher uma prótese de qualidade.
Ademais, algumas medidas no pós-operatório diminuem essa complicação:
tomar os medicamentos prescritos pelo médico de maneira regular;
fazer as drenagens linfáticas de acordo com a indicação do médico;
seguir as orientações médicas à risca, especialmente sobre os períodos de descanso, alimentação e o uso correto dos curativos.
É importante ficar atento a qualquer sintoma que apareça após a cirurgia de implante do silicone e informar o médico imediatamente, para que, assim, caso ocorra algum problema, ele possa ser diagnosticado logo no início e evite complicações futuras (ou até mesmo uma nova cirurgia).
Como vimos, existem vários mitos e verdades relacionados a rejeição de silicone. Agora que você já sabe as principais informações sobre esse assunto, já pode ficar tranquila e confiante sobre os implantes, e também ficar preparada para reconhecer qualquer sintoma de rejeição que possa surgir.
E então, gostou do texto? Para ficar ainda mais informada sobre esse tema, aproveite para entender sobre a mastopexia com implante de silicone e veja quando esse procedimento é indicado e como é realizado.